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Economia
CONTA DE LUZ

Aneel anuncia bandeira vermelha patamar 1 e conta de luz ficará mais cara em junho

As contas de luz terão cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kW/h (quilowatt-hora) consumidos

Publicado: 30/05/2025 às 21:15

Interruptor de luz/Fernando Frazão/Agência Brasil

Interruptor de luz (Fernando Frazão/Agência Brasil)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira, 30, bandeira tarifária vermelha patamar 1 para o mês de junho, com cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kW/h (quilowatt-hora) consumidos. A perspectiva cresceu ao longo deste mês e já estava prevista, conforme mostrou a Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

Como motivo para o acionamento, a agência reguladora apontou para o cenário de afluências para as hidrelétricas abaixo da média em todo o País e consequente redução da geração dessas fontes, em relação ao mês anterior. Com isso, há um aumento nos custos de geração devido à necessidade de acionamento de fontes de energia mais onerosas, como as usinas termoelétricas.

A arrecadação via bandeira tarifária paga os custos adicionais. Desde fevereiro houve piora nas expectativas de chuva. Além do risco hidrológico (GSF), outro gatilho para o acionamento da bandeira mais cara no ano ado foi o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) - valor calculado para a energia a ser produzida em determinado período.

Desde dezembro ado a bandeira tarifária permanecia verde, com as condições favoráveis de geração de energia no País durante o período chuvoso. Contudo, a previsão de geração de energia proveniente de hidrelétrica piorou, a Aneel acionou bandeira amarela para maio.

Lucas Paiva, engenheiro elétrico e Sócio-Fundador da Lead Energy menciona as chuvas abaixo da média histórica no outono e inverno, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, que concentram cerca de 70% da capacidade de armazenamento de água do país. Além disso, ele acrescenta que há redução gradual dos níveis de armazenamento, que devem cair de 69% em abril para 55% até outubro, de acordo com relatório divulgado com base em dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

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