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Irã recusa negociar com os EUA sobre acordo nuclear

Teerã assegura que não quer desenvolver armas nucleares e menciona a opinião religiosa (fatwa) sobre um ponto da lei Islã contra o uso desse tipo de armamento

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foto: AFP
Líder supremo do Irã, o Ayatollah Ali Khamenei
O líder supremo do Irã, o Ayatollah Ali Khamenei, rejeitou hoje a possibilidade de iniciar negociações com os Estados Unidos sobre um novo acordo nuclear, após o recebimento de uma carta do presidente norte-americano.

De acordo com Khamenei, a carta de Donald Trump é uma ação com o objetivo de enganar a opinião pública e recusou a possibilidade de uma negociação com os EUA. “Quando sabemos que não vão honrar o acordo, qual é o sentido de negociar? Portanto, o convite para negociar é uma forma de enganar a opinião pública. Uma negociação com a istração Trump só aumentaria o nó das sanções e ampliaria a pressão sobre o Irã. As ameaças de ação militar por parte dos norte-americanos são imprudentes. Se quiséssemos os EUA não nos conseguiriam parar. O Irã não está à procura de nenhuma guerra, mas se os norte-americanos ou os seus agentes derem um o na direção errada, a nossa resposta será decisiva e certeira, e quem irá sofrer mais danos serão os Estados Unidos”, afirmou o Ayatollah.

No final da última semana, Trump tinha anunciado o envio desta carta e afirmou que haveria duas maneiras possíveis de lidar com o Irã: militarmente ou através de um acordo. ‘Espero que negociem, porque se tivermos de intervir militarmente, vai ser uma coisa terrível’, diz um trecho da carta, segundo Trump.

Em 2018, durante o primeiro mandato de Trump, o presidente norte-americano retirou os Estados Unidos do Acordo sobre o Programa Nuclear do Irã (também conhecido por t Comprehensive Plan of Action - JOA), assinado em julho de 2015.

O JOA previa a suspensão de sanções em troca de um maior controle do programa nuclear iraniano, que permitia o enriquecimento de urânio até 3,67%, armazenando um total de 300 quilos no máximo. Até a saída de Washington, Teerã cumpria com os termos do acordo, mas acabou por ultraar os limites impostos um ano após a retirada dos EUA.

A escalada de tensão com a Casa Branca também se agravou com o regime iraniano com a morte do principal general do país, Qassem Soleimani, em janeiro de 2020.

Na última atualização da Agência Internacional para a Energia Atômica (IAEA), o Irã tinha, em fevereiro de 2025, urânio enriquecido até 60% de pureza, aproximando-se dos 90% necessários para a produção de armas nucleares.

Teerã assegura que não quer desenvolver armas nucleares e menciona a opinião religiosa (fatwa) sobre um ponto da lei Islã contra o uso desse tipo de armamento.
 
“Se quiséssemos produzir armas nucleares, os Estados Unidos não nos conseguiriam parar. Nós próprios não queremos isso”, afirmou o ayatollah.